O Conselho Deliberativo aprovou por unanimidade, em reunião na última segunda-feira (28), a migração do Iate Clube de Brasília ao mercado livre de energia. Esse modelo de contratação permite a compra de energia diretamente dos geradores ou comercializadores, através de contratos com preço menor que o cobrado no mercado regulado — em que os consumidores adquirem energia das concessionárias de distribuição às quais estão ligados.
Segundo o conselheiro Edward Borba, integrante da comissão mista que analisou o tema, os setores de Patrimônio e Engenharia coletaram e avaliaram, respectivamente, a proposta de nove empresas com base em quesitos técnicos. O procedimento licitatório também foi ratificado pelo diretor jurídico do Clube, Juliano Medeiros.
“A comissão avaliou as propostas com base nos quesitos técnicos estabelecidos com a Engenharia e de preço ofertados pelas empresas, mantendo a habilitação de todas as propostas das empresas para fins de classificação da empresa mais vantajosa, por não ter havido desclassificação expressa de qualquer proposta pela área técnica, apenas carência de algumas informações solicitadas. Ao final, verificou-se que a empresa NC Energia apresentou a proposta de melhor condição econômica, ou seja, o menor preço por kw/h”, detalhou Borba.
A proposta da NC Energia é de fornecimento até 2028 e a estimativa é que o Clube economize em torno de 34% ao mês na conta de luz. O presidente do Conselho Deliberativo, Edison Garcia, avaliou a entrada do Iate Clube no mercado livre de energia como um avanço.
“Esse é um mercado competitivo, já consolidado no Brasil e que traz vantagens à gestão iatista. Além da previsibilidade e do barateamento dos custos, estamos optando por energia limpa. É uma inovação importante que vai ao encontro da sustentabilidade, aliada à responsabilidade de garantir infraestrutura de qualidade a um clube de excelência como o nosso”, pontuou.
Garcia destacou ainda que esta é a segunda medida de eficiência energética implementada no Clube para reduzir os custos e introduzir energia renovável.
“A primeira se deu ainda em 2017, no final de meu mandato como Comodoro, quando consegui um aporte de mais de R$ 3 milhões em doação para que o Iate instalasse sua usina de geração de energia
solar e trocasse toda a iluminação do Clube por lâmpadas de led. Esse programa foi inovador e reduziu bastante os custos do Iate com gastos em energia”, relembrou o presidente do Conselho Deliberativo.
Relatório de atividades
Os conselheiros também ratificaram o relatório entregue pelo Conselho Diretor referente às atividades do primeiro semestre de 2023. A comissão, presidida por João Wellisch e composta por Alexandre Kronenberger, Edward Catette, Felipe Rocha e Eli Issa, avaliou o trabalho das diretorias do Iate Clube.
O balanço foi dividido pelas seguintes áreas: Administrativas Gerais; Social e Cultural e da Diretoria Jurídica; Diretorias de Esportes e Espaço Saúde; Gestões de Contratos, Patrimônio, Informática e Ouvidoria; Engenharia e Operação e Logística; Reformas e Investimentos e Análise Orçamentária.
Em linhas gerais, o conselheiro Edward Catette assegurou que o Conselho Diretor atuou de forma diligente, correta e em consonância com as boas práticas administrativas na execução de suas
atribuições. A comissão ponderou, contudo, que alguns setores merecem atenção, entre eles o que trata da gestão orçamentária.
Um dado importante da Diretoria de Secretaria mostra que o Clube tem hoje 15.837 integrantes no quadro social, 293 a mais que em relação ao segundo semestre de 2022. A maioria deles tem entre 30 e 50 anos (39%), seguido por sócios com idade acima de 50 anos (26%).
“O menor percentual continua na faixa etária de 18 a 29 anos, onde se enquadram os dependentes jovens onerosos (que pagam mensalidade). Esse foi um ponto de atenção do Conselho Deliberativo,
quando deliberou sobre a redução das Contribuições de Manutenção desses integrantes, na aprovação do orçamento para o exercício de 2022. Hoje, o quadro mostra uma reversão de tendência, já que
somente os dependentes nessa faixa etária subiram de 824, no segundo semestre de 2021, para 1.443 nos seis primeiros meses de 2023. Isso representa um crescimento de 75%, revertendo um cenário histórico de crescimento negativo desse grupo de associados”, explicita o documento.
Gestão de contratos
A gestão de contratos do Clube, relata o conselheiro Eli Issa, “está em dia” em todas as áreas. “Os 200 contratos ativos do Iate estão regulares, dentro do prazo, seguindo o que estabelece a boa governança”, elogiou.
O presidente do Conselho Deliberativo, Edison Garcia, lembrou que a regularização de contratos de concessionários e prestadores de serviços se deve à fiscalização criteriosa dos documentos por parte dos conselheiros e ao empenho do Comodoro Flávio Pimentel.
“Parabéns à comissão, em especial ao conselheiro Eli Issa, que levantou a necessidade de ajustar os contratos vencidos, e ao Comodoro Flávio Pimentel que se desincumbiu de fazê-lo. É sempre bom termos trabalho em conjunto entre Conselho Deliberativo e Comodoria, o que gera ganhos à gestão do Clube.
Trata-se de um trabalho harmônico e ao mesmo tempo independente, isso contribui para que o Iate esteja nesse padrão de excelência em que se encontra. Não é por acaso que uma administração séria e transparente torna-se sinônimo de eficiência”, completou.
CONSELHO DELIBERATIVO
Assessoria de imprensa do Conselho Deliberativo